LITERACIA DIGITAL E PROFESSORES

A cultura e literacia do digital diz respeito ao uso educativo do computador e da internet. O professor deve ter um certo nível de literacia informática, ou seja, deve dominar conhecimentos e competências sobre a tecnologia, ao mesmo tempo que desenvolve atitudes positivas face ao computador e internet, com uma postura de confiança no uso destas ferramentas, de forma a apoiar os alunos para que estes possam analisar e usar de modo crítico as tecnologias, que passem a conhecer os seus campos de aplicação e as suas repercussões na sociedade. Os agentes educativos devem ajudar os alunos a criar métodos de pesquisa, promover uma análise crítica da informação e utilização mais potencializadora das tecnologias, tornando-se "auto- educando", em educação permanente.

Assim, os professores devem fazer um duplo esforço- tentar romper com a escola tradicional (em que este era o único detentor do saber ) e reelaborar a sua própria cultura e a da escola. Devem assimilar que, com as TIC a escola perdeu as fronteiras e abriu-se aos diversos contextos - culturais, sociais e à diversidade de alunos e respetivas experimentações, conhecimentos e interesses, alterando-se, assim, o paradigma da educação.

"O professor(...) torna-se guia, mediador, conselheiro, desafiador, acompanhando na busca, seleção e tratamento da informação" (Candeias, 2008). Deve atualizar-se permanentemente, ultrapassando a mera "alfabetização digital" (Carneiro, 2004:2), o que exige da sua parte investimento em tempo, espírito inovador e disponibilidade para a mudança, de modo a favorecer a aquisição de conhecimentos significativos.

CARNEIRO, Roberto (2004). A educação primeiro. V.N. Gaia: Fundação Manuel Leão.